O típico roubo que não é o que parece

La Casa de Papel conta a história clássica de "um roubo perfeito" do ponto de vista dos ladrões.
"Eles não estão apenas roubando para si, mas também estão dando um golpe (...) e um aviso para o sistema capitalista em que vivemos", disse Alejandro Bazzano, um dos diretores da série, ao jornal argentino La Nación.
A peculiaridade desse roubo atrai grande parte do público, que por vezes encontra semelhanças com o que acontece em seus países.
Na Argentina, por exemplo, diz o jornalista especializado em séries Marcelo Stiletano, também do La Nación, assaltar o lugar onde o dinheiro é fabricado desperta a simpatia em um país onde a desvalorização da moeda é um dos grandes símbolos de sua crise econômica.
"Poderia ser o emblema de um questionamento do funcionamento econômico do país e uma necessidade, da ficção, de punir aqueles responsáveis pelos desastres que tornaram a Argentina cada vez mais pobre", diz Stiletano à BBC.
O foco do enredo faz com que uma grande parte do público queira que o assalto se concretize, e não o contrário.
E é por isso que a série chegou a causar polêmica em alguns países. Na Turquia, por exemplo, o ex-prefeito de Ancara Ibrahim Melih Gökçeh descreveu a obra como "um símbolo de rebeldia" que deveria ser alvo de intervenção "das autoridades policiais".

* Fonte G1

O típico roubo que não é o que parece  O típico roubo que não é o que parece Reviewed by Na cozinha hoje on abril 20, 2018 Rating: 5

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